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Simplicidade e manifesto marcam desfile da Cavalera

A Cavalera fez uns dos seus desfiles mais calmos dos últimos tempos. Conhecida por suas apresentações pitorescas, dessa vez, a pegada de um verão tranquilo, ao som do mar e de um violão, embalaram um show mais simples, condizente com o conceito da nova coleção: Woodstock em Bali.

A Cavalera fez uns dos seus desfiles mais calmos dos últimos tempos. Conhecida por suas apresentações pitorescas, dessa vez, a pegada de um verão tranquilo, ao som do mar e de um violão, embalaram um show mais simples, condizente com o conceito da nova coleção: Woodstock em Bali.

O desfile trouxe um ar de anos 70 para a passarela, com vestidos longos, tecidos com estampas nada óbvias, muita camurça, franjas e peças soltinhas.  A junção dos temas conferiu a simplicidade e a leveza das mais de 13 mil Ilhas de Bali para o movimento do Woodstock, caracterizado pela geração das flores e pelo sentimento de amor e paz.

Na beleza, Robert Estevão deixou meninos e meninas bronzeados, mas com um ar natural e bem iluminado. Olhos marcados, com cílios postiços e muitas camadas de máscara.

Toda a calma do desfile, porém, não significa alienação. No fim da apresentação, Alberto Hiar, diretor criativo da marca, e os modelos entraram segurando várias cruzes brancas, com palavras diversas, como “Amor”, “Justiça” e “Felicidade”. O protesto recebeu o nome de “#AquiJaz” e quer incentivar que as pessoas busquem por melhorias na sociedade e no país. Segundo Hiar, a ideia surgiu a partir de viagens feitas por ele, ao se deparar com várias cruzes pela estrada. “Comecei a me questionar para quem eram essas cruzes, o que cada pessoa sentia ao fazer isso, o que ela queria realmente enterrar”.

O movimento foi apoiado por Deborah Secco, Letícia Spiller, Richard Rasmussen e Wilson Simoninha. Juntamente com Alberto Hiar, os convidados clamaram por justiça e pediram o fim da impunidade. O protesto “#AquiJaz” seguirá fora da semana de moda: a grife pretende distribuir cerca de 2 mil cruzes brancas em suas lojas. “Queremos apenas dar o primeiro passo. O movimento não é da Cavalera. É meu, é seu, é de todo mundo. Cada um deve enterrar a sua cruz”, finalizou Hiar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Marcia Diniz

muito interessante a proposta e bem colocada.
Me fez lembrar os 50 anos de ditadura; cruzes muito pesadas que alguns carregaram e carregam por terem se manifestado de alguma forma. Estas cruzes não podem ser enterradas mas, mostradas sempre pra que não se esqueçam de quanta barbaridade ocorreu neste pais pra poder se dizer hoje democrata.
Vale lembrar que muitas cruzes ainda serão necessárias para que a impunidade e corrupção não sejam identidades dos nossos governantes.

Marcia Diniz

muito interessante a proposta e bem colocada.
Me fez lembrar os 50 anos de ditadura; cruzes muito pesadas que alguns carregaram e carregam por terem se manifestado de alguma forma. Estas cruzes não podem ser enterradas mas, mostradas sempre pra que não se esqueçam de quanta barbaridade ocorreu neste pais pra poder se dizer hoje democrata.
Vale lembrar que muitas cruzes ainda serão necessárias para que a impunidade e corrupção não sejam identidades dos nossos governantes.